A Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Adunemat) realizou, na manhã desta quarta-feira (11), uma manifestação para cobrar a realização de concurso público para professores da Universidade de Mato Grosso (Unemat). Os manifestantes se reuniram em frente à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e, na sequência, seguiram ao Palácio Paiaguás, sede do governo do Estado.

Conforme a associação, a universidade está há mais de 13 anos sem realizar um concurso público para professores efetivos. O último certame data de 2013.

Atualmente, cerca de 50% dos professores da Unemat possuem contratados temporários. Prática que institucionaliza a precarização do trabalho docente e compromete seriamente a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão.

Em Diamantino, por exemplo, a coordenadora do curso de Educação Física, Bruna Freitas, relata que a situação chegou ao limite, pois o fluxo de trabalho está comprometido. Faltam professores efetivos em sala de aula e os poucos que ainda resistem estão afastados para qualificação ou sobrecarregados com funções administrativas. Assim como em Diamantino, há falta de professores em outros Campi da Unemat.

A Adunemat reivindica a abertura imediata de concurso público para docentes, destacando que a medida é necessária tanto para atender às demandas da categoria quanto para garantir o funcionamento adequado da universidade. A entidade reforça que os recursos para a realização do concurso já estão previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, o que, segundo a associação, elimina entraves orçamentários e coloca a decisão no campo da gestão governamental.

Para a presidenta da Adunemat, professora Luciene Neves, é hora de unir forças: “A campanha em defesa do concurso é uma das principais pautas da nossa categoria hoje. A mobilização do dia 11 é fundamental para conseguirmos garantir o concurso ainda em 2025. Não podemos mais esperar”.

A Unemat possui 13 campi e atende cerca de 22 mil estudantes em mais de 60 cursos presenciais.