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Juara realiza primeiro encontro dos povos indígenas pelo fim da violência contra a mulher.
O encontro contou com uma importante palestra do promotor de justiça Dr. Pedro Facundo Bezerra
Por Administrador
Publicado em 27/08/2025 18:04
Notícias

Nesta quarta-feira, 27 de agosto, Juara sediou o I Encontro dos Povos Indígenas pelo Fim da Violência Contra a Mulher, reunindo cerca de 100 participantes entre indígenas, autoridades e representantes de instituições locais.

O evento aconteceu em um centro de eventos da cidade e teve como objetivo orientar, conscientizar e buscar soluções para minimizar os casos de violência doméstica nas aldeias.

A iniciativa foi organizada pela Patrulha Maria da Penha, coordenada pela 3º Sargento Helena, com apoio da Polícia Militar, representada pelo Tenente-Coronel Alex Fontes Meira, e contou com a presença do Promotor de Justiça Dr. Pedro Facundo Bezerra, além de caciques e lideranças indígenas de Juara.

A cacica Ilda Francisca Kayabi destacou a necessidade de levar a ação diretamente às comunidades:
"Queremos que essa palestra aconteça dentro da aldeia. Lá, mais pessoas poderiam participar, ouvir e aprender sobre a violência contra a mulher, as jovens e as crianças."

O Tenente-Coronel Alex Fontes ressaltou que o evento integra as ações do mês de fortalecimento do apoio à mulher:
"Sabemos que a violência doméstica atinge toda a sociedade, inclusive as comunidades indígenas. Este encontro é um primeiro passo para levarmos mais conhecimento, prevenção e apoio às aldeias."

A 3º Sargento Helena reforçou que a violência doméstica não faz parte da cultura indígena tradicional, mas se intensificou com a introdução do consumo de álcool:
"Infelizmente, situações de violência física, psicológica e até sexual já acontecem nas aldeias. Precisamos sensibilizar, unir órgãos públicos e a sociedade para combater esse problema."

O Promotor de Justiça Dr. Pedro Facundo Bezerra também pontuou a importância do registro das ocorrências:
"Recebemos medidas protetivas semanalmente, mas muitos casos não chegam a ser formalizados por medo ou vergonha. Precisamos dar confiança e apoio às vítimas."

O encontro marcou o início de uma série de ações que devem se estender às aldeias, visando ampliar a rede de enfrentamento à violência doméstica e familiar no município.

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