A partir de 1º de janeiro, o piso salarial no Brasil passará de R$ 1.518,00 para R$ 1.621,00, representando um aumento de R$ 103,00 — ou 6,79% em relação ao ano anterior. A medida foi publicada no Diário Oficial da União no dia 24 de dezembro de 2025 e começa a valer já no início do ano que vem, com o pagamento afetando os salários de fevereiro de 2026.

Como o reajuste foi calculado

O reajuste segue a política de valorização do salário mínimo, que considera:

• A inflação acumulada em 12 meses pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor);
• O crescimento real do PIB de dois anos antes (no caso, de 2024), limitado por regras fiscais.

Esse modelo garante não só a reposição da inflação, mas também um pequeno ganho real de renda ao trabalhador. 

Quem é impactado

O novo salário mínimo influencia diretamente:

• Trabalhadores formais com carteira assinada;
• Aposentados e pensionistas do INSS que recebem benefícios vinculados ao piso;
• Benefícios sociais, como abono salarial, seguro-desemprego e BPC (Benefício de Prestação Continuada), que usam o mínimo como referência.

Impacto na economia

Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o reajuste do salário mínimo deve injetar cerca de R$ 81,7 bilhões na economia em 2026, beneficiando mais de 60 milhões de trabalhadores e estimulando o consumo, especialmente nos setores de comércio e serviços.

Críticas e contexto

Apesar do reajuste, sindicatos e entidades como o Dieese defendem que o valor ideal do salário mínimo para realmente sustentar uma família deveria ser muito maior — mais de R$ 7.000, segundo cálculos do próprio departamento para cobrir despesas essenciais como alimentação, moradia, transporte e saúde.

O que muda na prática

• Salário mensal: R$ 1.621,00
• Valor diário de referência: R$ 54,04
• Valor por hora (base 44h/semana): R$ 7,37
• Vigência: a partir de 1º de janeiro de 2026
• Impacto em benefícios: novos cálculos de abono, seguro-desemprego e demais programas vinculados ao piso.